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Alcança quem não cansa

Um Blog utilizado para a divulgação das obras de Aquilino Ribeiro. «Move-me apenas o culto da verdade, pouco me importando que seja vermelha ou branca.» [Aquilino Ribeiro]

Um Blog utilizado para a divulgação das obras de Aquilino Ribeiro. «Move-me apenas o culto da verdade, pouco me importando que seja vermelha ou branca.» [Aquilino Ribeiro]

Alcança quem não cansa

31
Out24

FERREIRA DE CASTRO

José Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24-05-1898 – Porto, 29-06-1974).

Manuel Pinto

https://abencerragem.blogspot.com/2024/10/sabado-no-porto-ajhlp.html

quinta-feira, outubro 31, 2024

sábado, no Porto - AJHLP

 
«Ferreira de Castro, hoje na linha de frente das letras cosmopolitas, publicou na Ilustração um artigo fraterno, amigo e leal, de que recortamos estes períodos:
'O livro (É A GUERRA- Diário é um   depoimento pessoal -- grita o autor -- e é também, podemos dizê-lo, um extraordinário documento. É possível que se Aquilino se encontrasse da outra banda da fronteira só tivesse de mudar o nome das ruas e dos figurantes. O material humano devia ser, mais coisa, menos coisa, muito semelhante, quando os instintos se apossam dele, dando vida nova a sentimentos cavernários. Mas Aquilino é o primeiro a confessá-lo e a prometer o reverso da medalha.
Literariamente, o livro ocupa também lugar singular na bibliografia da guerra. Não é a crónica das trincheiras, fervida já em muitas línguas e esgotada na curiosidade do espectador; é a crónica originalíssima duma das duas cidades europeias onde se manipulavam, com subtis ingredientes, as ideias e obrigações que às trincheiras eram impostas. Paris não encontrou, com certeza, entre os seus, escritor que lhe desse retrato mais nítido, mais objectivo, ora dramático, ora pitoresco, simultâneamente trágico e caricatural do que lhe deu Aquilino. Há por vezes, uma súbita reacção do grande escritor português, que um francês não teria? Há. Mas logo o seu espírito se abre em compreensão, levado pela certeza de que a Humanidade, ali, não pode ser totalmente diferente, em virtudes e defeitos, da que pulula no resto do planeta. Páginas magistrais abundam neste livro, tão nítidas em forma e em verdade que ninguém, sobre o mesmo tema, as escreveria melhores, em qualquer país do mundo'.»
                                 Lisboa, Primavera de 1955.
[Livraria Bertrand -2ª Edição. (pp.169-170)]
 
Aquilino Ribeiro, "Abóboras no Telhado" (Polémica e Crítica), 1955.
 
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